Pular para o conteúdo principal

Greve no país fica esvaziada sem metroviários


Folha de S. Paulo - Cátia Seabra
Dididas após atuação do governo Temer, as centrais sindicais farão paralisações parciais em todo o país, nesta sexta-feira (30). 
Anteriormente anunciado como greve geral, o movimento foi esvaziado porque os trabalhadores do setor de transportes não aderiram em São Paulo. 
Os ônibus não vão parar na cidade de São Paulo. Reunidos em assembleia na noite desta quinta-feira (29), os metroviários também decidiram não aderir à greve. Três centrais dividem a diretoria da entidade. Apenas a Conlutas insistiu na paralisação. 
Secretário-geral da CTB, Wagner Gomes explica que a ideia é "guardar energia para as vésperas da votação das reformas trabalhista e previdenciária. A votação das mudanças na CLT deve ocorrer na próxima semana no Senado, já a discussão sobre as regras da Previdência está paralisada desde maio, depois da delação da JBS. 
O secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre diz que "haverá paralisações em todo o país". Mas admite que a mobilização foi esvaziada porque a previsão era de que as reformas estivessem em pauta neste momento. Por isso, seria melhor reservar os esforços. 
A intervenção do governo federal também pesou. Na semana passada, dirigentes da Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB foram chamados para uma reunião com o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Ficou acertada uma audiência com o presidente Michel Temer. 
Segundo participantes, o ministro do Trabalho manifestou o temor de que o dia fosse marcado pelo "fora, Temer" e acenou com a possibilidade de manutenção da contribuição sindical (fonte de sobrevivência de algumas centrais) e a extinção gradativa do tributo. 
A CUT admite a suspensão da contribuição. A Força Sindical reivindica sua permanência. Além disso, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, emplacou o novo secretário-executivo do Ministério do Trabalho.
O sindicalista Cícero da Silva, dos metalúrgicos de Santo André (SP), ocupará no dia 4 a cadeira que será deixada por Carlos Lacerda, ambos do Solidariedade, partido de Paulinho. 
DIVISÃO 
Em uma demonstração dessa divisão, haverá duas manifestações na cidade de São Paulo. A organizada pela Força Sindical acontecerá às 11h, na rua Martins Fontes, no centro da cidade. 
Às 16h, CUT e movimentos de esquerda farão uma passeata na avenida Paulista rumo à sede da prefeitura. A Força Sindical não participará desse ato. 
O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirma que o "governo sinalizou com o diálogo" ao admitir a hipótese de veto ou edição de uma medida provisória sobre a contribuição sindical. E acrescenta:
"A paralisação fortalece a negociação", diz. 
Embora afirme que o ato mais importante do dia acontecerá na avenida Paulista, Sérgio Nobre, da CUT, minimiza a ideia de racha nas centrais. "A Força Sindical tem autonomia. Mas haverá uma participação ampla dos trabalhadores." 
http://www.blogdomagno.com.br/?pagina=2

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

Governo sanciona Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018

Do G1 O governo sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 com mais de 40 vetos. O texto, os vetos e as exposições de motivos que levaram a eles foram publicados na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União. A LDO de 2018 foi aprovada no mês passado pelo Congresso Nacional contemplando um rombo primário nas contas públicas de R$ 131,3 bilhões para 2018, dos quais R$ 129 bilhões somente para o governo federal. O conceito de déficit primário considera que as despesas serão maiores do que as receitas sem contar os gastos com o pagamento de juros da dívida pública. A LDO também traz uma estimativa de salário mínimo de R$ 979 para 2018, um aumento de 4,4% em relação ao salário mínimo em vigor neste ano, que é de R$ 937. Entre outros indicadores, a LDO prevê um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% em 2018. A inflação estimada é de 4,5% e a taxa básica de juros deve ficar, segundo a proposta, em 9% na média do próximo ano. Mais de 40 v

Dólar opera em alta e bate R$ 4,40 pela 1ª vez na história

No ano, o avanço chega a quase 10%. Na quinta-feira, moeda dos EUA fechou vendida a R$ 4,3917. O dólar opera em alta nesta sexta-feira (21), batendo logo na abertura, pela primeira vez na história, o patamar de R$ 4,40. Às 10h52, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,3940 na venda, em alta de 0,05%. Na máxima até o momento chegou a R$ 4,4061.  Veja mais cotações . Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,5934, sem considerar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Na sessão anterior, o dólar encerrou o dia vendida a R$ 4,3917, em alta de 0,61%, marcando novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação nominal intradia até então, segundo dados do ValorPro. A marca de R$ 4,40 é o maior valor nominal já registrado. Considerando a inflação, no entanto, a maior cotação do dólar desde lançamento do Plano Real foi a atingida no final de 2002. Segundo a Economatica, com a correção