Segundo jornal, Torquato Jardim disse a sindicalistas que trocará diretor-geral. Notícia 'não corresponde à realidade', afirmou ministro. Mesmo assim, à imprensa, não assegurou permanência.
Torquato Jardim (de preto) durante pronunciamento ao lado do diretor-geral da PF, Leandro Daiello (Foto: Fernanda Calgaro / G1)
Do G1
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, fez neste sábado (24), na sede do ministério, um rápido pronunciamento sobre a eventual saída do delegado Leandro Daiello da direção-geral da Polícia Federal.
Na edição deste sábado, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que, em reunião com sindicalistas na quinta-feira (22), Torquato Jardim disse que pretendia fazer mudanças na Polícia Federal, entre as quais a troca do diretor-geral. Na instituição, segundo a reportagem, a eventual substituição de Daiello é interpretada como uma tentativa de interferência na Operação Lava Jato.
Sem se referir à reportagem do jornal, Torquato, no pronunciamento, chamou de "pós-verdade" o "noticiário que está aí", mas não fez nenhuma afirmação assegurando que o delegado permanecerá no cargo.
Antes do pronunciamento, ao blog de Andreia Sadi, o ministro disse, por meio da assessoria, que Daiello fica. Ao blog, a assessoria informou que o motivo da convocação da imprensa para o pronunciamento do ministro era o anúncio da permanência de Daiello.
Durante a fala de Torquato, Daiello permaneceu sentado ao lado do ministro. Imediatamente após o pronunciamento, Torquato levantou e saiu, sem responder a perguntas sobre a permanência do diretor da PF, deixando Daiello sozinho diante dos jornalistas. Indagado se permanecerá, o delegado não respondeu.
'Absoluta harmonia'
"O Ministério da Justiça e a Polícia Federal fazem questão de expressar à sociedade brasileira a sua absoluta harmonia na condução das duas instituições. O noticiário que está aí é, para usar um termo moderno, a pós-verdade. Não corresponde à realidade, não constrói afabilidade e não ajuda a boa condução dos interesses públicos", disse Torquato Jardim.
Torquato Jardim destacou a "mais absoluta harmonia e camaradagem" entre ele e o delegado Leandro Daiello.
"O dr Daiello e eu temos trabalhado desde que aqui cheguei na mais absoluta harmonia e camaradagem, ambos igualmente comprometidos com a instituição Polícia Federal", declarou o ministro, que acrescentou na mesma fala: "Não estamos preocupados com personalidades. Estamos comprometidos com a instituição".
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