Temer diz que queda no desemprego é resultado das ações do seu governo. Em vídeo publicado nesta sexta-feira (28), presidente diz que é "apenas o começo"; peemedebista também destacou a reforma trabalhista
Do Último Segundo
O Palácio do Planalto divulgou no fim da tarde desta sexta-feira (28) um vídeo no qual o presidente Michel Temer (PMDB) comemora a queda da taxa de desemprego do País. O peemedebista atribui o bom resultado ao trabalho desenvolvido pelo seu governo, que teve início em maio do ano passado.
“É o trabalho do meu governo para gerar empregos que começa a dar resultados. E acreditem, é apenas o começo”, disse. Temer citou a modernização das leis trabalhistas como uma das medidas propulsoras do aumento no número de postos de trabalho.
A geração de mais empregos sempre foi um dos principais argumentos do governo para a aprovação da reforma trabalhista, que, por outro lado, é alvo de críticas constantes por parte da oposição. “Setores produtivos, por exemplo, estimam que a modernização na lei trabalhista criará, a curto prazo, mais de 2 milhões de empregos, sobretudo para os mais jovens”, acrescentou o peemedebista.
O presidente aproveitou o vídeo – o segundo do dia – para anunciar que os aposentados receberão as parcelas do 13º salário adiantado. “Tem mais uma notícia boa que quero dar para os aposentados: vamos pagar em agosto, antecipando, portanto, metade do décimo terceiro salário dos aposentados e dos pensionistas do INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]. E a outra metade será paga, também por antecipação, em novembro”.
Queda no desemprego
A taxa de desemprego caiu para 13% no segundo trimestre deste ano (abril/junho). Foi a primeira queda significativa do indicador desde o fim de 2014 – ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O recuo chegou a 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (de janeiro a março deste ano).
Apesar da redução da taxa de desemprego do País, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Cimar Azeredo, disse que o crescimento no número de postos de trabalho emprego se deu mais pelo lado da informalidade, envolvendo pessoas sem carteira assinada ou trabalhando por conta própria.
“Tivemos uma redução na taxa [de desocupação], com o aumento da população ocupada e queda no número de desocupados. Mas, infelizmente, a ocupação cresceu pelo lado da informalidade, ou seja, há mais pessoas sem carteira e por conta própria, que não têm garantias trabalhistas”, comentou o especialista sobre a afirmação de Temer.
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