O empresário Marcos Valério apresentou como prova em proposta de delação premiada lista de propina que já alegou ser falsa.
Folha de S. Paulo - Por Painel
Na proposta de delação que fez ao Ministério Público de Minas, o empresário Marcos Valério anexou como prova de sua narrativa uma lista em que enumera repasses de propina a dezenas de autoridades. A peça é controversa. Anos atrás, outras versões da planilha foram encontradas com Nilton Monteiro, o estelionatário que fez a chamada “lista de Furnas”. Na ocasião, o próprio Valério disse que os papéis eram falsos. O MP recusou o acordo. Valério fechou com a PF.
Aliados de Valério dizem que ele reapresentou a lista como anexo na proposta de delação aceita pela Polícia Federal.
Uma versão da planilha foi alvo de ação judicial pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que aparece no papel como destinatário de R$ 185 mil. Ele apontou os indícios de fraude e processou a revista “Carta Capital”, que publicou trechos da lista em 2012.
O ministro foi indenizado em R$ 507 mil pela revista. Na planilha, ao lado de seu nome aparece a inscrição “AGU”. Valério diz que elaborou o documento em 1999. Mendes, porém, só foi nomeado advogado-geral da União em janeiro de 2000.
Aliados de Valério dizem que ele reapresentou a lista como anexo na proposta de delação aceita pela Polícia Federal.
Uma versão da planilha foi alvo de ação judicial pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que aparece no papel como destinatário de R$ 185 mil. Ele apontou os indícios de fraude e processou a revista “Carta Capital”, que publicou trechos da lista em 2012.
O ministro foi indenizado em R$ 507 mil pela revista. Na planilha, ao lado de seu nome aparece a inscrição “AGU”. Valério diz que elaborou o documento em 1999. Mendes, porém, só foi nomeado advogado-geral da União em janeiro de 2000.
Procurado, o advogado de Marcos Valério não respondeu. O advogado de Mendes disse que, confirmado o uso da lista, tomará novas medidas. Diversos empresários são citados, além de políticos e autoridades.
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