Folha de S.Paulo – Mario Cesar Carvalho
Depois de revelar um dos maiores esquemas de corrupção do mundo e anunciar que propina era uma página virada na sua história, a Odebrecht decidiu criar um conselho global com alguns dos mais famosos executivos e pesquisadores de ética e sustentabilidade nos negócios.
Fazem parte do grupo o ex-presidente da Transparência Internacional Jermyn Brooks, o ex-presidente da Shell Marky Mood-Stuart e a professora da escola de negócios de Harvard Lynn Paine.
Todos têm experiência no combate à corrupção. A Transparência Internacional tornou-se a entidade mais famosa nessa área. Brooks também é um dos conselheiros de ética da Siemens.
Mood-Stuart enfrentou uma mistura de Odebrecht e Samarco quando presidia a Shell ao se defrontar com problemas de suborno e ambientais, como costuma comparar Sergio Foguel, integrante do conselho do grupo
Odebrecht que articulou todo o sistema de integridade do grupo.
COMPETIÇÃO E ÉTICA
O conselho global terá dupla função, segundo Foguel: vai pensar os negócios a partir da ética e da sustentabilidade na fase pós-Operação Lava Jato e assessorar os chamados líderes internos da empresa, num total de 500 executivos, em questões práticas.
A Odebrecht é a maior empresa de construção do país e tem cerca de 79 mil funcionários em 24 países -eram 180 mil antes da Lava Jato.
Em sua primeira reunião, a partir do próximo domingo (22), o grupo vai discutir uma das questões mais complexas em economias corruptas como a brasileira: como ser competitivo respeitando as regras éticas?
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