Eike no aeroporto Tom Jobim embarca para os EUA (Foto: Reprodução/TV Globo)
G1
O advogado de Eike Batista, Fernando Martins, disse ao G1, na noite deste sábado (28), que não há nenhum acordo celebrado entre a Polícia Federal e seu cliente, para que o empresário se entregue. Fernando não quis confirmar a data em que Eike voltaria ao Brasil.
Martins também afirmou que Eike jamais submeteu sua apresentação à Justiça a qualquer tipo de condição, o que, segundo o advogado, seria "juridicamente incabível". O defensor alegou que a conduta de seu cliente sempre foi pautada pela colaboração com a Justiça.
Em nota, a defesa do empresário disse que, em nenhum momento, Eike realizou manobra para se eximir de suas obrigações com a Justiça e que, desde o momento em que lhe foi comunicada a decretação de sua prisão preventiva, fez todos os esforços para retornar ao país no mais breve tempo possível.
Eike Batista é um dos principais alvos da Operação Eficiência, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira (26). A ação, que é a segunda etapa da Lava Jato no Rio de Janeiro, investiga um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitações em obras públicas no estado. Eike teria pagado propinas ao ex-governador Sérgio Cabral.
O juiz Marcelo Bretas expediu nove mandados de prisão preventiva, mas três dos acusados já estão presos: além de Cabral, Carlos Miranda, apontado pelas investigações como seu operador financeiro, e o ex-secretário de Governo Wilson Carlos.
Na manhã de quinta-feira, agentes da Polícia Federal estiveram na casa de Eike Batista, mas não o encontraram. Mais tarde, foi revelado que o empresário havia viajado para Nova York na terça-feira (24), o que levou a Polícia Federal a considerá-lo foragido e a incluir seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.
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