Uma pesquisa realizada com deputados federais mostra alta resistência à Reforma da Previdência, pauta prioritária no retorno do recesso parlamentar, em fevereiro. De acordo com o levantamento, 98,09% dos entrevistados acreditam que a proposta original encaminhada pelo governo será alterada no Congresso.
Dos entrevistados, 60% se manifestaram contrários à equiparação de idade de aposentadoria para homens e mulheres. Em outro item, 20% responderam que a idade para homens deveria ser de 60 anos e de 55 anos para mulheres, 74,28% não souberam ou não responderam.
Preocupa para o governo o pessimismo do Congresso na aprovação da proposta. Segundo a pesquisa, 63,80% afirmaram que não estão otimistas com a aprovação da Reforma da Previdência. Nesse quesito, 35,23% disseram acreditar que ela será concluída até o recesso de julho e 29,52%, até dezembro.
A pesquisa foi realizada pela empresa de consultoria política Arko Advice, com sede em Brasília, entre os dias 12 e 15 de dezembro. Foram ouvidos 105 deputados federais, de 22 partidos políticos. A vida está difícil para o Palácio do Planalto.
Ministro... em fevereiro – O presidente Michel Temer decidiu adiar o anúncio do novo ministro da Secretaria de Governo, em substituição a Geddel Vieira Lima. A ideia é reduzir a tensão que ameaça a harmonia entre os aliados no Congresso. Temer continua decidido a nomear o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), mas só o fará após aparar as arestas com o centrão. “Imbassahy assumirá em fevereiro. Mas vamos aguardar a definição do presidente da Câmara (em fevereiro)”, afirma o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
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