O Governo Temer está fazendo muito por Pernambuco, mas a crise nacional, que toma o noticiário em quase a sua totalidade, impede que essas informações cheguem ao conhecimento dos pernambucanos. Um exemplo bem claro disso foi dado, ontem, pelo presidente da Compesa, Roberto Tavares. Ao fazer um balanço do ano, Tavares disse que Temer já liberou, em apenas seis meses de gestão, R$ 112 milhões para a Adutora do Agreste.
Pode não ser muito dinheiro para um projeto avaliado em R$ 1,4 bilhão, mas comparado ao Governo Dilma, Temer fez muito mais. Em seu último ano no poder, a petista liberou apenas R$ 30 milhões para a Adutora do Oeste, nem um terço comparado a Temer. E olha que os governos petistas, incluindo Lula também, têm fama de abrir as torneiras com generosidade para o Estado.
Temer vem fazendo muito mais pelo Estado levando-se conta rubricas que não estavam dentro do planejamento para este ano, como é o caso dos recursos da repatriação, algo em torno de R$ 256 milhões e que ajudaram – e muito – o governador Paulo Câmara a pagar o 13º salário dos servidores. Com quatro ministros pernambucanos, Temer tem dado carta aberta para que mais ajudas cheguem ao Estado.
Mendonça Filho, da Educação, por exemplo, tem liberado recursos com frequência para escolas, faculdades e ampliação de campi universitários. Desde a sua posse, ele já liberou R$ 420 milhões às instituições federais do Estado, isso sem falar em recursos direcionados diretamente aos municípios. Só para a Universidade do Vale do São Francisco e ao Instituto Federal do Sertão foram R$ 16,7 milhões.
Ontem, no Palácio das Princesas, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, liberou R$ 22,9 milhões para o início das obras da segunda etapa da Via Metropolitana Norte. Bruno já havia assinado, antes, a liberação de R$ 5 milhões necessários para a construção da estação de tratamento de esgoto de um habitacional em Suape. O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, por sua vez, já entregou uma subestação da Chesf, orçada em R$ 41 milhões, a Mirueira II, que vai reforçar o fornecimento de energia em toda a parte norte da Região Metropolitana do Recife.
O próprio Temer, em visita à barragem de Jucazinho, na cidade de Surubim, há dez dias, assinou ordem de serviço no valor de R$ 12 milhões para recuperação do reservatório. Na ocasião, ressaltou que o Nordeste é “prioridade” em seu governo e informou que já foi autorizado o repasse de R$ 200 milhões para obras hídricas na região.
Ora, diante de gestos tão louváveis de Temer com o Estado não dá para entender a postura do governador Paulo Câmara, que numa recente entrevista passou a impressão de apoiar um movimento conspiratório para desestabilizar o presidente. Lamentável, também, foi o seu silêncio frente à hostilidade do secretário Marcelino Granja (Cultura) ao ministro Roberto Freire, durante ato no Palácio. O mal-educado Granja deveria ter sido demitido, sumariamente.
MAIS RECURSOS – Na passagem, ontem, por Alagoas, o presidente Temer liberou R$ 756 milhões a 15 estados para combater a seca. Segundo o governo federal, os estados que receberão mais recursos serão Bahia (R$ 189,2 milhões), Pernambuco (R$ 155,8 milhões) e Ceará (R$ 68,6 milhões). Ainda de acordo com o Executivo federal, o dinheiro será utilizado na construção de 133,5 mil cisternas. Deste total, sete mil ficarão em escolas, 50 mil serão destinadas à área produtiva e 76,5 mil para consumo.
Investimentos e reconhecimento – Ao fazer o balanço anual, ontem, dos investimentos da Compesa no ano de vacas magras como 2016, o presidente Roberto Tavares disse que nos últimos dez anos o Estado já injetou R$ 6 bilhões em projetos e obras para ampliar o acesso à água dos pernambucanos e melhorar o sistema de esgotamento sanitário. Tavares reconheceu o interesse e a atenção de Temer com Pernambuco. “Se levarmos em consideração só um projeto, como a Adutora do Agreste, o presidente já deu demonstração de que seu Governo será generoso”, disse, referindo-se ao valor de R$ 112 milhões, enquanto Dilma liberou R$ 30 milhões no mesmo ano.
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