O Ministério Público Federal confirmou em Curitiba nesta segunda-feira (14) que o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) assinou na semana passada um acordo de delação premiada com os procuradores da Operação Lava Jato mediante o qual se compromete a contar tudo o que sabe sobre o envolvimento do ex-presidente Lula no escândalo da Petrobras.
Corrêa já havia dito à revista “Veja” que foi o ex-presidente quem nomeou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da estatal, na quota do PP, e que o esquema de distribuição de propina com os partidos da base governista foi montado pelo próprio Lula no Palácio do Planalto juntamente com o então ministro José Dirceu.
Causou estranheza em Pernambuco esse acordo que o ex-deputado celebrou com o MPF porque ele diz não ter nenhuma prova que incrimine o ex-presidente.
Teria testemunhado diversas conversas do ex-presidente com o publicitário Marcos Valério e outros réus do mensalão, mas não tem como prová-las. Em todo caso, a delação só valerá para eventual redução de pena se for homologada no STF pelo ministro Teori Zavaski.
Hoje (14), vazou o depoimento dado por Lula à Polícia Federal no dia em que foi levado para depor por condução coercitiva. Ele voltou a negar ser dono do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, porém deixou sem resposta várias perguntas dos delegados da Polícia Federal.
Ele disse exatas 100 vezes o tradicional e já surrado “Não sei”. E numa das respostas, aparentemente aborrecido, declarou: “Não sei, querido!”
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