Carlos Brickmann
Lula pediu ao Supremo Tribunal Federal a interrupção das investigações sobre ele em Curitiba. Foi derrotado por unanimidade. Já pediu medidas semelhantes ao Tribunal Regional Federal de Curitiba, ao Superior Tribunal de Justiça, e perdeu. Ao que tudo indica, terá de sentar-se diante do juiz Sérgio Moro, em 5 de maio, pela primeira vez pessoalmente, e ser ouvido sobre o triplex do Guarujá. Lula é o último a depor: depois, virão as alegações finais dos advogados e Sérgio Moro dará a sentença.
Lula é réu em cinco processos, e este é o primeiro em que haverá sentença. Se condenado, poderá recorrer em liberdade. Mas, se o recurso for rejeitado, estará às portas da prisão. E inelegível, como ficha suja.
E tudo piora, para seu lado, com o depoimento de Marcelo Odebrecht. Diz o Príncipe dos Empreiteiros que pagou R$ 50 milhões pela Medida Provisória 470/2009, a MP dos Refis, editada pelo presidente Lula para beneficiar quem estava com os impostos atrasados. Diz também que Lula informou a sua sucessora, Dilma, que Antônio Palocci era o encarregado de ordenhar a Odebrecht. Diz ainda que Dilma trocou Palocci por Mantega. Tanto Lula quanto Dilma, portanto, sabiam de tudo. E gostaram.
Depois do depoimento de Marcelo Odebrecht, depois da delação de outros diretores da empresa, ficou claro que os fatos ocorreram. A questão agora é definir se configuram crime ou não. E punir os culpados.
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