Blog do Camarotti - G1
Integrantes da cúpula do PT ficaram em alerta após os depoimentos do ex-ministro Antonio Palocci e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, ao juiz federal Sérgio Moro.
Nas palavras de um integrante da direção do PT, a fala de Palocci "foi uma espécie de sinalização para o potencial de uma futura delação".
O ex-ministro disse a Moro que pode apresentar "fatos com nomes" que darão ao juiz "mais um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil".
Já a fala de Léo Pinheiro foi avaliada como "extremamente delicada" pelo grupo mais próximo de Lula. Há o reconhecimento interno de que Pinheiro cita diretamente a participação de Lula e família em todas as definições sobre o apartamento no Guarujá.
Léo Pinheiro disse que foi orientado por Lula a destruir provas que pudessem incriminá-lo na Operação Lava Jato. Em nota, os advogados de Lula disseram que o depoimento foi uma "encenação" e que as acusações são "mentira".
O Blog já revelou que, além da questão jurídica, o PT também está preocupado com a situação política do ex-presidente. A avaliação é que os vídeos das delações da Odebrecht causaram estrago na imagem de Lula.
"Esse estrago da imagem de Lula deve ampliar com esse depoimento de Léo Pinheiro. A fala de Palocci tem potencial explosivo se ele fechar a delação", disse ao Blog um integrante da Executiva Nacional do PT.
A preocupação maior no partido é que a legenda não trabalhou, até o momento, um "plano B" para as eleições de 2018. "Foi um erro do PT não apostar na formação de novas lideranças", acrescentou esse petista.
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