Pular para o conteúdo principal

Hora de mudar


Ricardo Boechat -IstoÉ
O projeto de reforma trabalhista em tramitação na Câmara dos Deputados é uma batalha que ainda está sendo travada – e Deus sabe lá quando terminará.
Michel Temer joga todas as fichas pelas mudanças na CLT, esperando colher bons frutos, tal como ocorreu com a Desvinculação das Receitas da União (permissão para que 20% da arrecadação do Tesouro Nacional sejam destinados de maneira livre e flexível pelo governo) e da Proposta de Emenda à Constituição, que impôs um teto aos gastos públicos pelos próximos 20 anos.
Especialistas têm sido unânimes em aplaudir o esforço da Presidência da República em tentar reestruturar o sistema sindical brasileiro, que data do início do século passado e preserva regras de entidades criadas para atender a um modelo defasado e autoritário. Sindicatos e centrais nunca foram órgãos do Estado e, portanto, únicos por categoria e base geográfica, mantidos por imposto. Em boa hora discutem-se mudanças nessa estrutura.
Que continuem a existir entidades livres nas quais os trabalhadores se associem voluntariamente e com reconhecida capacidade de negociação. Um levantamento do IBGE apontou que metade dos sindicatos atuais nunca participou de um dissídio coletivo – mas são ávidos em colher a contribuição sindical obrigatória.
O mundo hoje requer regras entre patrões e empregados que estejam em sintonia com o século XXI. As reformas para melhorar essa relação são bem-vindas e devem contar com a participação da sociedade.
Dos políticos espera-se que votem em sintonia com os novos tempos e não aceitando o toma-lá-dá-cá que muitas vezes caracteriza as votações no Legislativo brasileiro.
http://www.blogdomagno.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...