Julgamento poderá levar à cassação do mandato do presidente Temer
O Globo - André de Souza
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira que a ação contra a chapa vencedora da eleição presidencial de 2014 será levara ao plenário para julgamento em maio. Como a presidente Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment no ano passado, na prática o maior afetado poderá ser seu vice, Michel Temer, que assumiu o cargo de presidente da República com o afastamento da titular. O julgamento, dependendo do resultado, poderá vir a tirá-lo do poder.
— É razoável na segunda quinzena de maio. Não tem prazo definido ainda, mas vai ser em maio — afirmou Gilmar.
Mesmo com a ação indo a plenário em maio, isso não significa que o julgamento acabará em breve. Existe a expectativa de que, após o voto do relator, Herman Benjamin, um outro ministro do TSE peça vista, adiando indefinidamente a conclusão do caso.
Ao todo, o tribunal tem sete ministros. Eles deverão analisar também se as contas de Dilma e Temer devem ser julgadas em conjunto. Caso separadas, isso abrirá caminho para tornar Dilma inelegível, mas preservando o mandato de Temer.
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