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Empresário assinou recibos de Lula em hospital

O Globo

Em petição apresentada ao juiz Sergio Moro, o empresário Glaucos da Costamarques confirmou que recebeu a visita de um contador, enviado pelo advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que assinou, de uma única vez, num leito do Hospital Sírio Libanês, os recibos referentes aos aluguéis de 2015 do apartamento de São Bernardo do Campo (SP). A informação foi revelada pelo GLOBO nesta quinta-feira. O aluguel do imóvel seria, segundo o Ministério Público Federal, uma das formas pelas quais a Odebrecht teria pago vantagens indevidas a Lula.
Na petição, os advogados não informam quando o empresário assinou os recibos de alugueis referentes a outros anos. Na segunda-feira, a defesa de Lula entregou 26 comprovantes de pagamentos, que teriam sido feitos ao empresário pela ex-primeira-dama Marisa Letícia, com datas que vão de agosto de 2011 a dezembro de 2015.
Os advogados de Glaucos afirmaram que o primeiro aluguel efetivamente recebido ocorreu em novembro de 2015 e todos os outros foram pagos até fevereiro deste ano, possivelmente em razão do falecimento de Marisa Letícia.
"O pagamento de alugueres, esclareça-se, só começou a ocorrer após visita do Dr. Roberto Teixeira ao defendente, quando este estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Glaucos se submeteria a intervenção cardiovascular. Foi nesta visita que o referido advogado informou-o de que os alugueres passariam a ser pagos regularmente", afirma a petição.
Ainda de acordo com a petição, a visita do contador João Muniz Leite a Costamarques ocorreu dias após um encontro, também no hospital, com o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula. Os advogados do empresário pediram à Justiça Federal que requisite à unidade de saúde o registro de visitas no período em que Costamarques esteve internado para comprovar o que está falando.
“Os recibos referentes à locação em causa foram exigidos (...), em razão da existência do contrato de locação, e corresponderam à confiança, amizade e grande estima que devotava ao primo, José Carlos Bumlai”, escrevem os advogados na petição. O pecuarista foi quem apresentou o negócio a Costamarques.
Os pagamentos constam tanto nas declarações de imposto de renda de Lula quanto do empresário. Sobre isso, a defesa de Costamarques afirma que “deu-se em razão da própria existência do contrato de locação, da promessa de pagamento de todas as parcelas pelo seu primo e da orientação de que deveria, sim, declarar tais valores e sobre eles pagar o respectivo imposto".

Segundo o documento, Glaucos da Costamarques adquiriu o apartamento e o aluguou à Marisa Letícia a pedido do seu primo José Carlos Bumlai. De acordo com o empresário, os recibos foram exigidos em razão da existência do contrato de locação.
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