Pular para o conteúdo principal

Senado articula barrar decisão que suspendeu Aécio

Cristiana Lôbo
Tão logo o Senado seja notificado da deliberação da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do Congresso Nacional e ordenou o recolhimento noturno do tucano, senadores pretendem questionar o poder da Suprema Corte para suspender um mandato parlamentar. A senadores que o procuraram para prestar solidariedade, Aécio demonstrou abatimento e chegou a dizer que "nem nos piores pesadelos passou por momentos como este".
Nos bastidores, senadores têm conversado sobre a possibilidade de a comunicação do STF ser submetida à votação e, daí, ser rejeitada pelo plenário do Senado. Seria a segunda vez em que a casa legislativa não obedeceria uma decisão do Supremo: a primeira foi em dezembro do ano passado, quando da notificação de Renan Calheiros (PMDB-AL), que, à época, era presidente do Senado.
"Alguém me diga onde está na Constituição essa possibilidade de afastar um parlamentar do mandato que eu me silencio", disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Desde o anúncio da decisão da Primeira Turma do STF, senadores de vários partidos passaram a trocar telefonemas para avaliar o cenário político. Para alguns parlamentares, ao incluir o recolhimento noturno para Aécio Neves, a primeira turma acabou por criar uma situação análoga à prisão domiciliar. Esta é a discussão que deverá ser travada no plenário do Senado quando a notificação por lá chegar.
"Ou seja, o senador Aécio recebeu uma sentença antes de ser julgado", disse um senador.
Isso aconteceu quando o STF decidiu pela prisão do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). Na ocasião, houve um debate rápido e o plenário do Senado acabou confirmando a prisão do senador no exercício do mandato – o que levou alguns a questionar a decisão, como Renan Calheiros e Romero Jucá (PMDB-RR). Desta vez, a articulação seria para rejeitar a decisão da Primeira Turma do STF.
http://www.blogdomagno.com.br/?pagina=1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...