Pular para o conteúdo principal

Delator ouve que diretor da UTC deu propina a Aécio

Da Folha de S.Paulo – Ribens Valente, Márcio Falcão e Aguirre Talento
O entregador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha disse, na gravação em vídeo de sua delação premiada, ter ouvido que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era "o mais chato" na cobrança de propina junto à empreiteira UTC.
Folha revelou em dezembro que "Ceará", como é conhecido, afirmara em sua delação ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC no Rio, de sobrenome Miranda, que seriam destinados a Aécio. Rocha era um dos transportadores de valores contratados pelo doleiro Alberto Youssef.
No vídeo ao qual a reportagem teve acesso, Rocha disse que o episódio lhe "marcou muito". Contou que Miranda estava ansioso pela "encomenda" e teria lhe falado: "Esse dinheiro tá me sendo muito cobrado".
Questionado por "Ceará", o diretor da UTC teria respondido que se tratava de Aécio o destinatário do dinheiro. "[Miranda] ainda falou que era o mais chato que tinha para cobrar", contou Rocha.
Quando perguntado se o dinheiro tinha sido encaminhado para Aécio, Rocha disse: "Sim, senhor. Ele [Miranda] falou bem claro pra mim em alto e bom som".
"Ceará" disse que o diretor fez um "desabafo": "Eu sei que ele fez esse comentário, que era quem cobrava, enchia o saco, ele tava de saco cheio de tanta cobrança desse dinheiro".
Em sua delação, "Ceará" também acusou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de ter recebido propina.
Neste caso, porém, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou o arquivamento da investigação depois de uma contradição com o depoimento de outro delator.
OUTRO LADO
A assessoria de Aécio respondeu, em dezembro, que considerava "absurda e irresponsável" a citação ao senador sem comprovação. A UTC negou ter entregue valores ao senador tucano. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...