O juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, reagiu aos questionamentos feitos por advogados, por meio de um manifesto, e por defensores da Odebrecht, que apontam sua suposta parcialidade contra os réus. É o que aponta reportagem dos jornalistas Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt.
“O processo é uma marcha para frente. Não se retornam às fases já superadas”, disse Moro, nos autos da ação que envolve a Odebrecht.
Moro também questionou a divulgação de um vídeo, pela defesa da Odebrecht, em que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, isenta Marcelo Odebrecht de envolvimento no esquema.
“Quanto ao requerimento da defesa de Marcelo Odebrecht, observo que os vídeos dos depoimentos prestados pelos acusados colaboradores na fase de investigação foram disponibilizados desde o início da ação penal às partes, como aliás constou expressamente na decisão de recebimento da denúncia. Então, o requerimento já foi atendido anteriormente, não havendo qualquer justificativa para renovação do requerimento pela defesa após o término da instrução”, afirmou.
Os advogados da Odebrecht também apontam suposta violação de tratados internacionais, na busca de informações sobre contas suíças que teriam sido usadas pela empreiteira. Moro negou ilegalidades. “O procedimento de cooperação e o material probatório relativo às contas da Suíça supostamente controladas pela Odebrecht e que alimentaram contas supostamente controladas por agentes da Petrobrás já instruem a presente ação penal. Consta ali todo o material pertinente e necessário à ampla defesa. Consta ali a expressa autorização para a utilização dele pelas autoridades brasileiras. Se não houvesse a autorização para a utilização desse material na presente ação penal, é certo que, a essa altura e com a notoriedade do caso, já teria vindo alguma reclamação do estrangeiro.”
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