Pular para o conteúdo principal

Investigados na Lava Jato relatam ameaça de doleiro ligado a Eduardo Cunha, diz jornal

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Da Agência O Globo
Os empresários Milton e Salim Schahin, investigados na Operação Lava Jato, disseram em depoimentos que foram ameaçados de morte pelo doleiro Lúcio Funaro, ligado ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação é do jornal “Folha de S. Paulo”.
Os empresários são irmãos e donos da empresa Schahin, apontada como parte do esquema de corrupção na Petrobras. Eles entregaram a procuradores boletins de ocorrência em que relatam as ameaças.
“Que Funaro certa vez ligou para o depoente (Salim), dizendo que sabia onde o filho do depoente morava e onde o neto estudava. Que escutou da própria boca dele que iria arrebentar o carro do depoente e coisas do gênerto”, relatou Salim, de acordo com o jornal.
Os depoimentos aparecem no despacho do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizando a busca e apreensão em imóveis de Cunha, em dezembro. Para a Procuradoria-Geral da República, Funaro arcava com despesas de Cunha, que, em troca, convencia políticos aliados a apresentaram requerimentos com o objetivo de pressionar a Schahin.
DISPUTA JUDICIAL
Funaro e os irmãos Schahin travam uma briga judicial desde 2008. Na ocasião, a empresa foi contratada para construir a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Apertadinho, em Rondônia. Após a entrega da obra, a barragem rompeu, causando danos ambientais e deixando cerca de 200 famílias desalojadas. Funaro representava a empresa Gallway, que havia contratado a obra. A Schahin alega que o acidente foi causado por um erro de projeto, fora da responsabilidade dela.
Funaro nega as ameaças e que tenha pago qualquer despesa de Cunha. O presidente da Câmara dos Deputados também nega que tenha tido despesas pagas por Funaro e diz que não pode se responsabilizar por requerimentos apresentados por outros deputados.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...