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É uma brasa, Moro


Carlos Brickmann
Terminam hoje as férias do Judiciário. É o retorno em grande estilo das operações da Lava Jato. O procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa que investiga o caso, dá números que prometem fortes emoções: diz que a Lava Jato, por enquanto, atingiu um terço das pessoas que deverão ser alcançadas, entre políticos, empresários e agentes públicos. Fora isso, os pedidos de informações e de apurações feitos a países estrangeiros abrirão novas vertentes de investigações. Nos cálculos do procurador, a Lava Jato deve durar mais uns três anos.

E o trabalho não se limita ao Ministério Público Federal: em São Paulo, o MP estadual está ouvindo 20 pessoas na investigação dos negócios da Bancoop - a cooperativa habitacional dos bancários, que quebrou sem entregar a cerca de 400 compradores os imóveis vendidos e pagos; mas que, com apoio da empreiteira OAS, entregou aquele companheiríssimo apartamento triplex do Guarujá, de frente para o mar, com detalhes exclusivos que incluíram até elevador interno privativo. A Bancoop era dirigida por João Vaccari, que depois foi tesoureiro do PT e da campanha de Dilma à Presidência da República. E a OAS é apontada como a fada que multiplica bons presentinhos a políticos amigos e influentes.

O juiz Sérgio Moro, de Curitiba, que volta retemperado das férias, já vinha trabalhando há alguns dias, preparando a retomada do ritmo da Lava Jato. E, embora tudo indique que a marchinha Japonês da Federal será um sucesso carnavalesco, há gente que já teme a oportunidade de encontrá-lo antes do Carnaval.

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