Em carta, governadores cobram maior participação da União e propõem pacto pela segurança pública
Manifesto é assinado por sete governadores (GO, DF, MT, MS, TO, RO e MA). No texto, eles afirmam que enfrentam a criminalidade 'praticamente sozinhos' e pedem mais dinheiro ao governo federal.
G1
Em um manifesto divulgado nesta quinta-feira (4), sete governadores pedem "providências urgentes" do governo federal para impedir o agravamento da crise da segurança pública no país (leia a íntegra do texto ao final da reportagem).
O manifesto é assinado pelos governadores Marconi Perillo (Goiás), Rodrigo Rollemberg (Distrito Federal), Pedro Taques (Mato Grosso), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda (Tocantins), Confúcio Moura (Rondônia), Flávio Dino (Maranhão).
Na carta, os governadores afirmam que os estados e o Distrito Federal enfrentam "praticamente sozinhos" o que eles chamam de "desafios impostos pelo avanço da criminalidade".
"As dificuldades também englobam o sucateamento das estruturas carcerárias, o efetivo das forças de segurança pública insuficiente, rebeliões, mortes e fugas frequentes no sistema prisional, bem como leis inadequadas que incentivam a impunidade", dizem os governadores.
Na sequência, eles acusam o governo federal de não manter uma "efetiva participação" na definição de políticas públicas na área e na reestruturação do sistema penitenciário brasileiro, e propõem cinco ações para combater a crise na segurança pública do país:
- Criação de um Fundo Nacional de Segurança Pública;
- Instauração de um programa nacional para coibir crimes relacionados ao tráfico de armas e de drogas nas fronteiras do país. O programa, segundo a proposta, envolveria as polícias da União, Federal e Rodoviária Federal, e terá a participação das policiais estaduais dos estados fronteiriços. Esse programa será sustentado economicamente pelo Governo Federal;
- Criação de novos presídios federais para receber presos que requerem vigilância de alta complexidade, deixando os presídios estaduais para detentos de média e de baixa periculosidades;
- Descontingenciamento imediato dos recursos retidos no Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para suprir necessidades emergenciais dos estados que precisam ampliar o número de vagas em presídios e custear o sistema;
- Adoção de uma legislação mais rígida para a penalização de crimes, com a rediscussão da progressão de regime de penas visando o fim da cultura da impunidade.
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