A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão, hoje, insistiu em entrevista à imprensa, posterior ao julgamento, que a acusação não conseguiu trazer provas consistentes ao processo.
Cristiano Zanin, advogado de Lula, afirmou que a defesa irá utilizar "de todos os meios legalmente previstos para impugnar a decisão proferida" nesta quarta.
Ele ressaltou que a defesa só pode decidir a estratégia quando tiver acesso ao acórdão, mas citou a possibilidade de entrar com embargos de declaração no próprio tribunal ou com recursos em tribunais superiores.
O advogado disse que a expedição do mandado de prisão pressupõe, no mínimo, o exaurimento da instância, ou seja, que todos os recursos sejam esgotados no tribunal. "Evidentemente não temos nenhuma decisão final."
Ele também afirmou que a decisão desta quarta não impede que Lula registre sua candidatura. Sobre a Lei da Ficha Limpa, Zanin disse que, se houver impugnação à candidatura, a questão será discutida no âmbito da Justiça Eleitoral.
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