Em ato com artistas e intelectuais na Casa de Portugal, em São Paulo, nesta quinta-feira (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que está muito mais sereno do que aqueles de toga que podem condená-lo a prisão e tirá-lo da eleição. Uma semana antes de seu julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, o petista criticou o juiz Sergio Moro, que o condenou a nove anos e seis meses de prisão pelo caso do tríplex, e os magistrados que poderão ratificar ou não a decisão de primeira instância.
"Confesso a vocês que duvido que juízes que já me julgaram e que vão me julgar estejam neste momento com a tranquilidade que eu estou. Estou com a tranquilidade dos justos, dos inocentes. Eu sei que não cometi crime." Mais uma vez, Lula criticou os agentes responsáveis pela Lava Jato.
"Defendo um MP forte. Mas quem participa de uma instituição forte tem que ser uma pessoa com competência. não pode ser uma pessoa volúvel. Não pode ser uma pessoa que aprendeu a empinar pipa no ventilador", disse.
No discurso, Lula relatou a pergunta que fez ao juiz Sergio Moro durante seu depoimento em Curitiba: se poderia chegar em casa e dizer aos netos que tinha sido ouvido por um juiz justo. "Ele [Moro] vacilou", disse Lula.
Sobre os desembargadores que julgarão seu recurso no dia 24, Lula disse que não os conhece, mas a única que pede é que leiam as peças de acusação e defesa. "Não posso ser condenado por um crime que não cometi". O ex-presidente afirmou ainda que, mesmo condenado, sua tranquilidade vai continuar. "Vou viajar pelo país, declarou. "Estou disposto a enfrentá-los." (Folha de S.Paulo – Anna Virgínia Baloussier e Catia Seabra)
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