Coluna do Estadão – Andrezza Matais
Petistas evitam criticar publicamente o ex-presidente Lula, mas o cenário pode mudar se ele for preso em regime fechado no caso do triplex do Guarujá. Por enquanto, os ataques mais duros partem de ex-filiados que foram próximos de Lula e se viram abandonados quando caíram em desgraça, como Antonio Palocci e Delcídio Amaral. “Ele me lembra aquela música ‘eu me amo, eu me amo, não posso mais viver sem mim, do Ultraje a Rigor’”, define o ex-senador. No privado, nomes graúdos do partido concordam que o ex-presidente se deslumbrou com o poder.
“O Lula, a despeito de virtudes, se perdeu na super autoestima que ele tem e confundiu ousadia e arrojo com poder fazer qualquer coisa”, complementa Delcídio, que presidiu a CPI do Mensalão e é delator da Lava Jato.
Solidariedade não é a única razão de petistas para preservar Lula de críticas neste momento. Se ele for absolvido ou se o cumprimento da sentença se prolongar ainda terá força no jogo eleitoral.
Em caso de prisão, observa um petista, Lula será abandonado aos poucos como foram Luiz Gushiken, José Dirceu, Antonio Palocci…
Caberá ao juiz Danilo Pereira Júnior decidir onde Lula irá cumprir a pena caso o TRF-4 confirme hoje a condenação do petista em regime fechado.
A Superintendência da PF em Curitiba é contraindicada porque não oferece condições ao preso para trabalhar e assim reduzir a pena, além de ser destinada a presos provisórios. Uma opção é o Complexo Médico-Penal, em Pinhais.
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