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Lava Jato diz que Cabral não tem “histórico de violência física”


Do Diario de Pernambuco

A força-tarefa da Lava Jato do Rio também encaminhou aos procuradores do Ministério Público Federal no Paraná (MPF) ofício em que requer que apurem o uso de as algemas e correntes na condução do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (MDB), ao Instituto Médico Legal em Curitiba na semana passada. No documento, assinado por dez procuradores do Rio, eles ressaltam não ser Cabral um preso "com histórico de violência física".
O oficio foi enviado pelo MPF do Rio ao Grupo de Controle Externo do MPF no Paraná, na tarde de hoje.
"Durante o processo de transferência foram televisionadas imagens em que o preso chegou ao Instituto Médico Legal no Paraná com algemas nas mãos e pernas, embora não se trate de preso com histórico de violência física. Faz-se necessário, portanto, obter informações junto à Superintendência da Polícia Federal no Paraná acerca do protocolo adotado para movimentação de presos e especificamente acerca da transferência em questão", diz o ofício.
Mais cedo, nesta segunda, a 7ª Vara Federal pedira que o MPF no Rio e a Polícia Federal (PF) investigassem o motivo do uso de algemas nas mãos e correntes nos pés na mesma ocasião. No ofício enviado aos dois órgãos a juíza Caroline Vieira pede, "em caráter de urgência", que seja aberto um procedimento para apurar o caso.
"Solicito a Vossa Senhoria que informe a este Juízo, em caráter de urgência, acerca das condições em que ocorreu a transferência do preso Sérgio de Oliveira Santos Cabral Filho para o estabelecimento penitenciário localizado no Estado do Paraná, em especial em relação à utilização de algemas e correntes, a fim de que este Juízo possa avaliar a configuração de possíveis excessos ou irregularidades durante o procedimento", escreveu a juíza, que substitui o juiz Marcelo Bretas, que está de férias.
O juiz federal Sérgio Moro também intimou, nesta segunda-feira, a Polícia Federal a "esclarecer o ocorrido e os motivos da utilização das algemas nas mãos e pés" do ex-governador, que foi levado algemado e acorrentado até o Instituto Médico-Legal de Curitiba.
Cabral foi transferido da cadeia de Benfica, no Rio, onde estava preso, para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana da capital paranaense, por ordem judicial. O Ministério Público fluminense descobriu o que considerou luxos e regalias do ex-governador na prisão.
Na ocasião, a defesa de Cabral enviou nota afirmando que "Sérgio Cabral está proibido de falar, com pés e mãos algemados. Esqueceram apenas de colocar o capuz e a corda. A defesa está indignada e estarrecida com tamanho espetáculo e crueldade".
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