Estadão
O apresentador e empresário Luciano Huck gravou sua participação no Programa do Faustão, da TV Globo, exibida no domingo, no dia 11 de novembro. Portanto, antes da publicação no jornal Folha de S.Paulo, no dia 27 daquele mesmo mês, do artigo em que Huck afirmava que não concorreria à Presidência da República. A informação foi publicada pelo site UOL e confirmada pelo Estado.
A gravação também ocorreu antes da divulgação da pesquisa Ipsos-Estadão, publicada pelo Estado no dia 23 de novembro, em que Huck aparecia como o suposto candidato mais bem avaliado (em termos de imagem) pelos entrevistados.
Na entrevista da TV, o apresentador fez declarações que têm sido interpretadas como a fala de um candidato: “Quero um mundo melhor, um Brasil melhor para os meus filhos, acho que todo mundo quer. Acho que tem que torcer por isso de forma consciente e ficar de olho aberto. Somos uma coisa só, não tem que ficar dividido com partido. O brasileiro merece uma coisa melhor, temos um país maravilhoso e a gente merece melhorar as coisas por aqui”, disse Huck no programa.
A reação do mundo político foi imediata. Partidos que "namoraram" o nome do apresentador voltaram a se animar – como é o caso do PPS, do deputado Roberto Freire, que fez elogios públicos à performance do apresentador. No dia seguinte à entrevista, o PT entrou com uma representação na Justiça Eleitoral, assinada pelos líderes do partido na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), e no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ). Nela, o PT acusa Huck de abuso do poder econômico e de se beneficiar dos meios de comunicação para promover sua candidatura.
A TV Globo foi procurada, mas ainda não respondeu à reportagem. No final do ano passado, a emissora emitiu uma nota dizendo que existe uma política interna que " determina que quem tem a intenção de se candidatar ou de participar de alguma campanha eleitoral deve avisar com antecedência para não estar no ar durante a campanha”.
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