Gabriel Garcia
De Brasília
A situação do ex-presidente Lula se agrava e até seus antigos comparsas o abandonaram e não temem em apontar o petista como o chefe da quadrilha que assaltou os cofres públicos do país, avalia o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR). “Estamos vivendo um momento diferente do mensalão, quando Lula foi blindado pelos companheiros de crime. Agora os delatores da Lava Jato afirmam que ele não só sabia do esquema como coordenava diversas ações. Os depoimentos complicam ainda mais a situação de Lula que, isolado, monta um discurso mentiroso que só tem ressonância na militância do PT”, diz.
Entre os depoimentos anexados na denúncia contra Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, está o do ex-deputado federal Pedro Corrêa, do PP. Em 1º de setembro, ele disse aos integrantes da Força Tarefa da Operação Jato que Lula questionou a demora na nomeação de Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras e ameaçou demitir o conselho da estatal. Costa foi indicado pelo PP, com o aval de Lula, e gerenciou um esquema que abasteceu com propina o caixa do PT e de partidos aliados do governo.
Corrêa afirmou ainda que, em 2006, ele e José Janene, então presidente do PP, se reuniram com Lula antes das eleições e pediram a ele novos cargos e dinheiro para campanha do partido. No entanto, segundo o delator, Lula negou e disse: “Vocês têm uma diretoria muito importante, estão muito bem atendidos financeiramente. Paulinho (Paulo Roberto Costa) tem me dito”.
Corrêa contou também que no encontro Lula afirmou que não tinha obrigação de ajudar, pois “Paulinho tinha deixado o partido muito bem abastecido, com dinheiro para fazer a eleição de todos os deputados”.
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