A ex-presidente Dilma Rousseff durante sua saída do Palácio da Alvorada
Folha de S.Paulo - Cátia Seabra
O comando do PT faz ginástica para acomodar a ex-presidente Dilma Rousseff na estrutura partidária.
O presidente do partido, Rui Falcão, chegou a convidá-la para a presidência da Fundação Perseu Abramo, vinculada à sigla, mas a iniciativa sofreu tanta resistência que o PT estuda outra alternativa para Dilma: o cargo de presidente do Conselho Curador da fundação, de caráter figurativo.
Seu presidente recebe uma contribuição por participação em suas reuniões trimestrais. Já os integrantes da direção têm papel executivo e salário. Falcão surpreendeu o partido ao fazer o convite a Dilma durante reunião com Lula e o ex-ministro Jaques Wagner.
Ele perguntou a Dilma sua situação financeira. A ex-presidente respondeu ter uma pensão de R$ 5.000, além da hipótese de alugar o apartamento de sua mãe no Rio.
Para surpresa de Lula, Falcão fez o convite a Dilma, que não respondeu. A reação negativa foi imediata. Dirigentes afirmaram que a petista seria funcionária do partido e não poderia ter o mesmo temperamento do Planalto.
Como a escolha depende de aprovação do Diretório Nacional, integrantes questionaram Falcão nesta quinta (15), durante reunião em São Paulo.
Embora a crítica tenha sido feita em conversas reservadas, petistas se queixaram abertamente de outra proposta feita por Falcão.
O alvo conta até com o aval de Lula, mas desagrada aos dirigentes: a convocação para maio de congresso com poderes de trocar a cúpula do PT.
Falcão foi acusado de tomar medida intempestiva sem consultar a principal corrente do partido, a CNB, e teve de pedir desculpas
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