O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) fez neste sábado (17) o que pode ser considerada a primeira ‘delação pública’ contra o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
Magoado com a cassação de seu mandato, Cunha entregou de bandeja o secretário Privatizações Moreira Franco. Para o ex-presidente da Câmara, o homem de confiança de Temer está enrolado em escândalos do Porto Maravilha, no Rio, financiado pelo bilionário fundo FI-FGTS.
“Quem criou o FI-FGTS na Caixa foi o Moreira Franco. No programa de privatização, dos R$ 30 bilhões anunciados, R$ 12 bilhões vêm de onde? Do Fundo de Investimento da Caixa. Ele sabe de onde tirar dinheiro. Esse programa de privatização começa com risco de escândalo. Nasce sob suspeição”, disse Cunha ao Estadão.
“Vai ficar muito difícil a permanência do Moreira no governo”, prevê.
Ainda segundo o deputado cassado, Temer não tem legitimidade para “radicalizar” com a retirada de direitos dos trabalhadores.
Para Cunha, é difícil fazer uma coisa muito radical, no meio de um mandato, com alguém sem a legitimidade de estar discutindo isso debaixo de um processo eleitoral.
Eduardo Cunha disse que deveria ter sido mais “Renan Calheiros“, o presidente do Senado, ao invés de Eduardo Cunha durante o processo de impeachment. “Renan é jogador, é falso, é dissimulado”, atacou, antecipando seu próximo alvo.
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