Do UOL
Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o presidente Michel Temer afirmou que o impeachment da presidente Dilma Rousseff respeitou a Constituição e é um exemplo para o mundo.
"Trago à ONU um compromisso com a democracia. O Brasil acaba de atravessar um processo longo e complexo, regrado e regido pelo Congresso e pela Suprema Corte brasileira, que culminou em um impedimento. Tudo ocorreu, devo ressaltar, dentro do mais absoluto respeito constitucional", disse Temer. "O fato de termos dado esse exemplo ao mundo verifica que não há democracia sem Estado de direito, sem que se aplique a todos, aos mais poderosos. É isso que o Brasil mostra ao mundo."
Temer também afirmou que o caminho do Brasil agora é retomar o crescimento e reduzir o número de pessoas desempregadas.
Refugiados e xenofobia
Temer usou boa parte de seu primeiro discurso na ONU para falar sobre a preocupação com os refugiados, dizendo que "há um retorno da xenofobia, de um nacionalismo exacerbado que aparece em todos os continentes".
O presidente também afirmou que o Brasil se preocupa com os direitos humanos. "Queremos para o mundo o que queremos para o Brasil: paz, desenvolvimento sustentável e respeito aos direitos humanos. Queremos um mundo em que o direito prevaleça sobre a força."
Desde 1947, o Brasil tradicionalmente abre o pronunciamento dos Chefes de Estado e de Governo nas Assembleias Gerais da ONU. Efetivado no cargo após a saída definitiva de Dilma Rousseff em 31 de agosto, Temer participou pela primeira vez como orador brasileiro no evento.
Após o discurso, ainda na manhã desta terça-feira (20), Temer deverá se encontrar com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski. À tarde, deve se reunir com Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial.
Nesta quarta, Temer se reúne com pelo menos 200 investidores em Nova York para apresentar a nova fase do Brasil em parcerias internacionais. Em entrevista à Rádio ONU antes do discurso dos líderes na Assembleia Geral, Temer afirmou que o encontro deve atrair de 200 a 250 empresários interessados em investir no Brasil.
"Nós vamos trabalhar a imagem do Brasil para que eles possam investir com toda tranquilidade. O que mais se pede nestas ocasiões é segurança contratual, portanto, segurança jurídica", disse Temer.
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