Ex-presidente Lula e o candidato a prefeito do Recife, João Paulo em carreata nesta quinta (22)
Com informações do Portal BR 247 e Folha de S.Paulo – Kleber Numes
O ex-presidente Lula disse agora á noite em comício no Recife que o juiz Sergio Moro, o Ministério Público e a imprensa terão que "pedir desculpas", a ele e sua família, após a devassa feita no PT dentro da Operação Lava Jato. Lula bateu duro também na ação de hoje da Polícia Federal, acionada pelo juiz Sérgio Moro prendendo o ex-ministro Guido Mantega. "Foram buscar o Guido dentro da sala de cirurgia da sua mulher que está com um câncer, para depois com a maior desfaçatez dizer que não sabia que ela estava com câncer. Sabiam, a pessoa não está numa sala de cirurgia para fazer maquiagem”.
Ainda no comício desta noite em apoio ao candidato do PT a prefeito do Recife, João Paulo Lula, disse que a coletiva feita pelo Ministério Público na semana passada para denunciá-lo foi um "show de pirotecnia". Ele também cobrou respeito e voltou a afirmar que os procuradores não apresentarão qualquer prova de ilegalidades praticadas por ele.
Para Lula, a nova etapa da Operação Lava Jato, deflagrada há dez dias das eleições municipais, tem para Lula, a intenção de criminalizar o PT e atrapalhar a eleição de seus candidatos. Pela manhã, em Fortaleza, o ex-presidente chegou a rebatizar a fase chamada de Arquivo X, de "Boca de urna".
"Querem destruir o PT porque nós fizemos em menos de 20 anos o que eles não fizeram em cinco séculos. Mas não se preocupem, eu estou tranquilo. Duvido que dentro do Ministério Público Federal, ou o próprio juiz Sérgio Moro, seja mais honesto do que eu", disse Lula.
Durante a fala de 30 minutos, Lula voltou a acusar "a imprensa, parte da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e das elites, de conluio" contra ele. "Eu tenho consciência do ódio que eles têm por mim", afirmou.
Acompanhado de deputados federais como Silvio Costa (PTB), senadores como Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT), candidatos a vereadores e líderes de movimentos sociais, Lula seguiu em carro aberto sendo ovacionado pela militância.
"É hora de dar o troco no golpe, vamos fazer isso nas urnas", disse Humberto Costa, único a citar o presidente Michel Temer, afirmando que ele "não gosta de nordestino".
"Não adianta não ter provas e ter convicção. Eu tenho história de luta nesse país. É preciso que eles aprendam a respeitar. Vi um grupo de meninos que investigam minha vida há dois anos fazer um show de pirotecnia contra mim sem provas, só com convicções. Vocês têm concurso, mas não foram escolhidos para ser Deus", afirmou.
Lula defendeu que o Brasil "volte à normalidade". "É preciso que este país volte à normalidade, que a instituições respeitem a sociedade e que os membros das instituições poderosas sejam pessoas que ajam com responsabilidade", disse.
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