Senadores teriam recebido US$ 6 milhões oriundos da Petrobras em troca de apoio do partido
Os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) são citados por delatores como alguns dos beneficiários dos repasses de propina feitos pelo operador e lobista Jorge Luz, alvo da Lava-Jato na operação deflagrada ontem. Os dois são mencionados por Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, e pelo operador Fernando Baiano, considerado um “pupilo” de Luz na estatal. Ambos negam as acusações.
Eles teriam dividido US$ 6 milhões, oriundos de um contrato de sondas da Petrobras, em troca do apoio do PMDB à permanência de Cerveró na diretoria Internacional, em 2006. Foi Luz - conhecido como “o operador do PMDB”- quem viabilizou os pagamentos, de acordo com o delator.
Para o lobista, a diretoria Internacional era “um bom filão” para arrecadar dinheiro para as campanhas eleitorais do PMDB, segundo relatou Cerveró.
O acordo foi articulado durante um jantar na casa de Barbalho em Brasília, em 2006, meses antes da eleição daquele ano. Renan estava presente, assim como Jorge Luz.
Além dos dois, também teriam recebido dinheiro o ex-senador Delcídio do Amaral, que na época fazia campanha para o governo de Mato Grosso do Sul, e o ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau (segundo depoimento de Fernando Baiano). (Folhapres)
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