Em seu primeiro mês, o presidente dos Estados Unidos dividiu a sociedade, dinamitou o legado de Obama e entrou em guerra com a Imprensa e com os Serviços de Inteligência
El País
Desde que no último 20 de janeiro tomou posse no cargo de presidente dos EUA Donald Trump iniciou uma agenda de eventos que se sobrepõem vertiginosamente: afastou uma Procuradora-Geral, aceitou a demissão do general Michael Flynn do posto de assessor de Segurança Nacional, desdenhou dos serviços de Inteligência, deu ordem para a construção de um muro na fronteira com o México, retirou seu país da Parceria Transpacífico, criou problemas com o Google, com a Apple e com o Facebook, irritou a União Europeia, rasgou-se em elogios a Vladimir Putin, ofendeu os líderes da China, da Austrália e do México, proibiu a entrada nos EUA de milhares de muçulmanos, entrou em choque com as Cortes de Justiça, fez da Imprensa seu saco de pancadas e desprezou a força do mais importante símbolo do poder norte-americano, a Casa Branca, impondo ali um estrondoso caos.
Tudo isso em 31 dias, pouco mais de 700 horas. Para qualquer governante, muito pouco tempo, mas no caso de Trump o suficiente para fazer soar todos os alarmes, dentro e fora de seu país. “Nunca fiquei tão assustado com o que possa vir a acontecer em Washington. Se houver uma crise, não sei se poderão enfrentá-la de modo racional”, alertou Leon Panetta, antigo Secretário da Defesa e ex-diretor da Cia. “Nossa administração vive em uma incrível desordem e espero que não continuem assim porque somos uma nação em guerra”, falou o respeitado general Tony Thomas, chefe do Comando de Operações Especiais.
Foi um espetáculo inédito, mas não se pode dizer que não era esperado. Fiel a si mesmo, o presidente americano não desembarcou da locomotiva veloz na qual embarcou desde muito jovem. Tampouco abandonou a demagogia nem seu amor pelo corpo a corpo.
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