Hélio Schwartsmann - Folha de S.Paulo
"Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada",
Até um relógio (de ponteiros) parado fica certo duas vezes por dia. Isso significa que não é porque uma proposta de alteração legislativa em matéria penal vem de réu ou investigado que ela necessariamente não presta. A origem suspeita recomenda que se examine a sugestão com máximo cuidado, para ver se não esconde uma pegadinha, mas não constitui em si um argumento contra a medida.
Nesse cenário, penso que o senador Romero Jucá tem razão ao afirmar que um eventual fim do foro privilegiado precisaria valer para todas as autoridades, inclusive juízes e promotores, não só para políticos. A escolha das palavras talvez tenha sido meio forte: "Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada", declarou o senador ao jornal "O Estado de S. Paulo".
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