Vou
descansar meus leitores, no Carnaval, não há notícias. O Brasil para. Carnaval
é alegria. Gostaria de ser poeta para relembrar velhos carnavais em que dizia
que você era a mais bonita das colombinas, menina que se foi na folia. Confetes
e serpentinas embalam sonhos, sonhos viram samba. Fevereiro é o desfile do
samba dos sonhos pela avenida, suave e alegre. Entre confetes e serpentinas,
tudo é especial.
Para que seriedade no Carnaval? Seriedade só de março a janeiro.
Fevereiro é explosão de alegria no ar. Vida diferente, festa noite e dia,
sorrisos, fantasia. Frevo, samba, alegoria, batuque, luxo, beleza. Cores,
flores, alegria. Se o amor fosse Carnaval todo dia ia ter festa. Sentimo-nos
contagiados pela alegria de pular Carnaval todo dia. Fazendo de nossas vidas
uma verdadeira avenida de folia!
Que as alegrias da vida virem confetes com o melhor sorriso.
Sorria e saia por ai colhendo sorrisos, porque Carnaval é alegria. Meu reino
momesco será ao pé do mar, com os ventos que saem das suas águas noturnas. Na
batida das ondas do mar encontro a razão para viver e decifrar os mistérios da
vida. Tim Maia cantou, embriagado pelo azul do mar: “Ver na vida algum motivo pra
sonhar/Ter um sonho todo azul/ Azul da cor do mar”.
Que nesta paradinha que o Carnaval me proporciona meus olhos
vejam beleza. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia.
Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu
uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. Há muitas pessoas de visão perfeita
que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as
flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu
Alberto Caeiro. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido.
Siga Rubem Alves e bom Carnaval!
Até
quarta-feira de cinzas.
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