Blog do Kennedy
Além de aumentar as metas fiscais de 2017 e 2018, a previsão de buraco nas contas públicas também foi elevada para 2019 e 2020. Há expectativa de superavit primário apenas a partir de 2021.
Parece bom deixar uma folga fiscal para o próximo governo. No entanto, isso significa que um problema que deveria ter sido resolvido continuará a atormentar o país. O governo seguinte receberá uma bomba fiscal, porque dificilmente a atual administração aprovará uma reforma da Previdência que evite que a regra de teto de gastos paralise o Executivo.
A tarefa do próximo governo será ainda mais dura. Sem uma reforma da Previdência relevante, a regra do teto de gastos se transformará numa armadilha para o próximo presidente.
A mudanças das metas fiscais parece uma vitória de Meirelles, mas não é. Foram fixados R$ 159 bilhões de buraco para este e o próximo ano.
Esses números poderiam ter sido anunciados na quinta-feira passada, mas Meirelles passou os últimos cinco dias resistindo à pressão da ala política para adotar metas ainda mais deficitárias. A ala política não acredita que haverá receitas para cumprir os números defendidos pela equipe econômica.
Essas metas já nascem cercadas de dúvida em relação ao seu realismo. Foram adotadas como forma de dar uma satisfação ao mercado financeiro e evitar abalar ainda mais a credibilidade da equipe econômica. A demora para o anúncio e o questionamento da ala política enfraqueceram Meirelles e a equipe econômica, que não entregaram o ajuste fiscal prometido.
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