O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou durante evento em Porto Alegre, hoje, sua preocupação com a votação das reformas para o país. Depois da Trabalhista, o foco é acelerar a discussão sobre a reforma da Previdência. Segundo ele, as mudanças nas regras de aposentadorias serão a "salvação do país", e a matéria está acima de questões partidárias.
"A reforma da Previdência não é de esquerda e nem de direita. Sem ela, não sobrará ao governo outro caminho que não seja aumentar impostos", afirmou.
Maia reconheceu, porém, que ainda não tem os votos necessários. Por isso, na noite de quarta-feira (22), será realizada uma nova reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília, com o objetivo de convencer os deputados aliados a dizerem "sim" à medida.
"No Alvorada [vamos tratar sobre] a Previdência, acho que a [reforma] ministerial sai antes", comentou, sobre a pauta do encontro. "Acho importante que aqueles que têm compromisso com essas mudanças participem do nosso debate", destacou Maia.
O principal objetivo da reforma ministerial é assegurar a aprovação da reforma da Previdência na Câmara. Maia já sinalizou que uma não sai sem a outra. A ideia do governo é reorganizar a base aliada e conquistar os votos necessários.
Questionado se as mudanças ministeriais poderiam, então, ser anunciadas amanhã, respondeu: "Não sei, não sei. Pode ser que sim".
O presidente Michel Temer tem se reunido com Maia, ministros e demais aliados para tratar do assunto. No último fim de semana, os encontros ocorreram na residência oficial da presidência da Câmara.
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