Do G1
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá analisar no próximo dia 23 de novembro um pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-ministro Antonio Palocci.
Preso desde setembro do ano passado em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, Palocci já teve vários habeas corpus negados pela Corte e nas demais instâncias.
Relator do caso no STF, o ministro Edson Fachin já negou, em maio, um pedido de liberdade apresentado por Palocci, mas decidiu submeter a palavra ao final ao plenário, composto pelos 11 ministros da Corte.
A defesa do ex-ministro argumenta que a prisão preventiva dele foi decretada após 4 anos do ato pelo qual foi denunciado, o que eliminaria a suposição de que Palocci representaria risco à ordem pública se for solto.
Condenação
Palocci já foi condenado em primeira instância, pelo juiz Sérgio Moro, a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Pelo entendimento do STF, no entanto, ele só pode começar a cumprir a pena após condenação em segunda instância.
Com isso, a prisão do ex-ministro tem sido mantida de forma preventiva, para evitar que ele cometa novos crimes ou atrapalhe as investigações, por exemplo.
Além do processo no Paraná, Palocci também é acusado no STF de formar uma organização criminosa com a cúpula do PT.
Versão do ex-ministro
Palocci prestou depoimento a junho deste ano a Sérgio Moro. Ele disse, por exemplo, achar que é, sim, o 'Italiano' de planilha da Odebrecht.
O ex-ministro também descreveu o que seria, segundo ele, um passo a passo esquema de propinas da Odebrecht para o PT.
Mas o ponto mais polêmico do depoimento foi o trecho em que ele disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantinha um "pacto de sangue" com a Odebrecht. Lula negou as acusações, dizendo que são "falsas e sem provas".
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