Carlos Chagas
Será tarde demais quando o presidente Michel Temer perceber que errou ao convocar de uma só vez Eliseu Padilha, Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Helder Barbalho. Os cinco podem até dispor de qualidades pessoais, prestaram serviços ao PMDB e contam com o apoio do chefe, mas juntos formam um grupo disposto a destruir qualquer governo. São muito capazes. Aliás, capazes de tudo. Dispõem de ambições muito acima de suas condições para agir em conjunto em favor dos interesses nacionais. Pretendem tirar o máximo de sua capacidade de contribuir para a ocupação do poder.
O chefe da Casa Civil, do Planejamento, da Secretaria de Governo, do Turismo e da Integração Nacional, formam uma quadrilha do barulho. Mostram já saber tirar o melhor possível de sua presença no ministério. Um ocupou o espaço de “capitão do time”, outro batendo de frente com quem pretendia deter o controle da política econômica. O terceiro concentrando a periferia das iniciativas fundamentais da arte de governar. Os dois últimos avocando atribuições na aparência desnecessárias, mas fundamentais em matéria de recursos essenciais para o funcionamento da máquina administrativa.
Em suma, detentores dos controles do país, mas formando uma confusão dos diabos, no meio da qual os demais ministros não conseguem nem dialogar e, muito menos, atuar.
Dá pena assistir tamanha balbúrdia onde cada um olha para os seus contrários e não consegue encontrar um ponto de entendimento entre o que deveria uni-los. É o retrato do Brasil.
No meio das confusões, nós
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