Do G1
Turistas de diversos estados, indígenas e representantes de movimentos sociais acompanharam na manhã desta quinta-feira (12) em frente à rampa do Palácio do Planalto a primeira declaração da presidente afastada Dilma Rousseff. O discurso ocorreu logo após a petista ser notificada pelo primeiro-secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), da abertura do processo de impeachment na Casa.
O pronunciamento durou 14 minutos. Dilma classificou a decisão como "a maior das brutalidades que pode ser cometida contra um ser humano: puní-lo por um crime que não cometeu". Ela voltou a chamar o processo de impeachment de “golpe” e afirmou que não praticou nenhum crime. Também disse que o que “está em jogo” é o “respeito às urnas” e acrescentou que tentam “tomar à força” o seu mandato, que, segundo ela, é alvo de “sabotagem”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve a nomeação como ministro da Casa Civil barrada pelo Supremo Tribunal Federal passou próximo aos manifestantes ao chegar ao palácio, onde a presidente afastada fez um pronunciamento. Dilma discursou no Salão Leste para políticos e imprensa. Em seguida, foi para a parte externa, acenou para o grupo e pegou na mão de alguns manifestantes.
A Polícia Militar montou estruturas metálicas para delimitar o acesso ao local. De acordo com a corporação, havia cerca de 2,5 mil manifestantes do lado externo do palácio por volta das 11h.
Em Brasília para reivindicar demarcação de terras, os indígenas partiram da altura do Ministério Público do DF para o palácio por volta de 10h30. Eles empunhavam faixas e cartazes e ocuparam as seis faixas do Eixo Monumental. Armas como arco e flecha e pedaços de pau ficaram retidas no cordão da PM.
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