Pular para o conteúdo principal

Bombas e água: PM dispersa grupo na casa de Temer


Folha de S.Paulo – Flávio Ferreira e Eduardo Sodré
Após pouco mais de quatro horas acampadas, as cerca de 150 pessoas que se mantinham acampadas em uma praça próxima à residência do presidente interino, Michel Temer (PMDB), foram tiradas do local pela Polícia Militar.
Por volta das 23h45, pouco mais de uma hora após ordenarem a saída dos manifestantes, os policiais militares começaram a dispersar o acampamento com bombas de efeito moral, bombas de gás lacrimogênio e jatos d'água.
A fotógrafa da Folha Marlene Bergamo foi atingida pelo jato d'água da PM e por um estilhaço de bomba de efeito moral na perna.
Os manifestantes se recusaram a sair das redondezas da casa de Temer, no bairro de Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e ensaiaram resistir sentados sobre colchões.
Remanescentes de um protesto contra a gestão interina de Temer que reuniu 5.000 pessoas, segundo estimativa da PM, os manifestantes haviam erguido barracas e desembarcado colchões para criar um acampamento no local.
Organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne entidades ligadas a movimentos de esquerda, o ato começou no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, às 15h40, e partiu em passeata rumo à casa de Temer, em Alto de Pinheiros.
A marcha teve de parar, contudo, no cruzamento das ruas Banibas e Capepuxis, a cerca de 300 metros da residência, em razão de ao menos quatro bloqueios realizados pela Polícia Militar. A segurança na rua onde mora o presidente interino também foi reforçada com dois caminhões do Batalhão de Choque.
Após o ultimato policial, Guilherme Boulos, um dos líderes da Frente e um dos coordenadores nacionais do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), negociou com a PM a transferência do acampamento para outra praça, mais distante.
A polícia, porém, alegou que o destino sugerido estava dentro do perímetro de uma área de segurança nacional criada neste domingo (22) ao redor da casa de Michel Temer.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mapa das facções em presídios brasileiros

'Fi-lo porque qui-lo': aprenda gramática com frase histórica de Jânio Quadros

FI-LO PORQUE QUI-LO                       Vamos lembrar um pouco de história, política e gramática?                     O ex-presidente Jânio Quadros gostava de usar palavras difíceis, construções eruditas, para manter sua imagem de pessoa culta. Diz o folclore político que, ao ser indagado sobre os motivos de sua renúncia, em 1961, teria dito: "Fi-lo porque qui-lo".                     Traduzindo para uma linguagem mais acessível, mais moderna, ele quis dizer "fiz isso porque quis isso", ou, simplificando, "fiz porque quis".                     Esse "LO" nada mais é que o pronome oblíquo "O", que ga...

Vimos ou viemos à reunião?

Nós VIMOS ou VIEMOS à reunião? Muita gente tem dúvida na hora de flexionar o verbo VIR. Quer um exemplo: Como você diria: “Nós VIMOS ou nós VIEMOS à reunião?” A resposta é: depende. Sim, depende do tempo a que nos referimos. A forma VIMOS é do presente do indicativo. Por exemplo:  “VIMOS, por meio desta, solicitar..." (o verbo VIR está na 1ª pessoa do plural, no presente do indicativo); A forma VIEMOS é do pretérito, do passado. Exemplo: "Ontem nós VIEMOS à reunião." (o verbo VIR está também na 1ª pessoa do plural, mas desta vez no pretérito perfeito do indicativo). Muita gente evita usar o presente, porque a forma VIMOS é, também, o passado do verbo VER: "Nós o vimos ontem, quando saía do escritório".  Para não ter dúvidas sobre qual é o verbo que está sendo usado (o VIR ou o VER), ponha o verbo no singular. Veja: “VENHO, por meio desta, solicitar...” (essa é a 1ª pessoa do singular, em vez de VIMOS, 1ª do plural); “Eu o VI ontem, quando saía do escritório” (e...