Blog do Kennedy
Com uma rápida citação à operação Lava Jato no seu discurso inaugural, o presidente interino, Michel Temer, deixou claro que sabe que terá de agir rápido se a investigação atingir mais fortemente ministros do seu governo. Ele disse “a Lava Jato tornou-se referência” no país e que deve ser protegida.
Essa investigação é incontrolável. Não é crível a hipótese de um acordão para abafá-la. O combate à corrupção no Brasil mudou de patamar. Até por obra do próprio PT, que acabou com a figura do engavetador-geral da República, modernizou a Polícia Federal e virou vítima desse combate feito com mais eficiência.
Nesse sentido, Temer sabe, como político experiente, que há três ministros citados na operação. Caso surja algum problema mais sério, a paciência dele para mantê-los nos cargos deverá ser pequena _ainda que tenha escolhido pessoas de sua extrema confiança e que as considere competentes para as tarefas delineadas por ele.
Por exemplo: Romero Jucá, que assume o Planejamento, é alguém que conhece muito o Congresso e o Orçamento. Foi líder no governo FHC e no governo Dilma justamente por ser um bom operador no Senado e no Congresso Nacional. Geddel Vieira Lima também é um articulador político experiente. Henrique Eduardo Alves foi presidente da Câmara dos Deputados. Em diferentes graus, os três estão na mira da Lava Jato.
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