Em relação a aumento de impostos, como aventou Meirelles, há debate no governo. A área política é contra. Ministros como Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Geddel Vieira Lima, da articulação política, dinamitam essa possibilidade. A área econômica é a favor, mas trata com cautela o assunto, porque ele traz desgaste político para Temer neste momento.
Sem aumento de impostos, a velocidade do ajuste fiscal tende a ser menor. Uma nova CPMF temporária ainda é a medida considerada mais eficaz para ajudar a fechar as contas públicas rapidamente e, assim, conquistar a confiança dos investidores com maior velocidade. Acontece que há resistências no Congresso e no empresariado.
Uma eventual CPMF temporária dependerá da força política de Temer após a aprovação do impeachment, da cassação de Eduardo Cunha, que é um fator que o governo considera como capaz de produzir instabilidade, e de uma decisão política de bancar uma medida impopular e que contraria empresários que apoiaram a ascensão do PMDB ao poder. Não é medida fácil, mas Temer não a descarta. (Kennedy Alencar)
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