Blog do Kennedy
A equipe econômica está comprando tempo enquanto aguarda a aprovação definitiva do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Enquanto essa questão não for decidida, haverá uma incerteza a afetar as expectativas econômicas e a travar a aprovação de projetos mais duros no Congresso.
Por isso, a equipe econômica adota uma estratégia de manter, no gogó, no discurso, o sentimento de melhora das expectativas dos agentes econômicos em relação ao futuro.
É nesse contexto que devem ser entendidas a ata do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, e as declarações recentes do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
É fato que o governo Temer inspira mais credibilidade do que a gestão Dilma na área econômica. Isso acontece mesmo sem que tenham sido aprovadas medidas duras, mas feitas apenas promessas. Essa equipe tem credibilidade, o que ajuda a melhorar as expectativas em relação ao futuro da economia. Mas o que mais contribui para isso é o temor do retorno de Dilma ao poder.
Entre a volta de Dilma e a permanência de Temer, o mercado financeiro e os empresários já fizeram a sua aposta. Estão todos comprados na opção impeachment. Portanto, o Banco Central e o ministro da Fazenda estão fazendo o que podem enquanto ainda não possuem o capital político para travar batalhas mais duras no Congresso.
A tendência é que o impeachment ocorra no final de agosto e que Temer ganhe força para aprovar a emenda constitucional que fixa um teto para as despesas públicas e que consiga realizar alguma reforma da Previdência. É cada vez menor a chance de Dilma voltar. Só uma reviravolta ou um milagre político salvariam Dilma a essa altura do campeonato.
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