Em sua cruzada para tentar constranger o juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Lula entrou com uma petição no Comitê de Direitos Humanos da ONU (Genebra) denunciando supostos “abusos de poder” que estariam sendo praticados em Curitiba pelo juiz federal Sérgio Moro, condutor da operação Lava Jato.
No documento, o ex-presidente afirma que não se opõe a uma investigação “justa e transparente” dos episódios da Operação, mas entende que há uma “clara falta de imparcialidade” do magistrado.
O ex-presidente não se conforma pelo fato de o juiz ter autorizado a gravação e divulgação de algumas de suas conversas com a presidente Dilma Rousseff e dado ordem para ele prestasse depoimento coercitivamente.
Para ele, Moro está “irremediavelmente enviesado” e não teria mais isenção para conduzir os processos que lhe dizem respeito.
“Lula leva o seu caso à ONU porque não pode obter justiça no Brasil”, declarou o advogado Geoffrey Robertson.
Segundo ele, não é correto o juiz encarregado da investigação ser o mesmo que julga a pessoa investigada, “decidindo sua culpa ou inocência sem jurados”.
Enquanto isso, laudo divulgado hoje (28) pela Polícia Federal aponta fortes indícios de que o ex-presidente e sua mulher, Marisa Letícia, teriam orientado a realização de reformas no sítio de Atibaia (SP).
Segundo o laudo, as obras começaram a ser planejadas em setembro de 2010, iniciadas em novembro e finalizadas em outubro de 2014 a um custo total de R$ 1,2 milhão.
A reforma foi feita sob supervisão do arquiteto Paulo Gordilho, com autorização do presidente da OAS, Léo Pinheiro.
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