De homem mais poderoso da Câmara a deputado afastado do mandato, a queda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também pode ser representada em valores. Nos 17 meses em que ocupou o comando da Câmara - nos dois últimos ele já estava afastado -, o peemedebista custava aos cofres públicos pelo menos R$ 570 mil por mês. Com a renúncia, caiu para R$ 125 mil mensais.
Os R$ 570 mil incluiam os custos inerentes ao mandato, como salário e as cotas para gastos parlamentares e contratação de assessores, além de segurança pessoal, motoristas, alimentação, serviço de copa e cozinha, água, luz e telefone para a residência oficial.
A queda do “custo Cunha” começou em 5 de maio, quando o Supremo Tribunal Federal afastou por unanimidade do cargo e do mandato sob o argumento de que ele usava essas funções para atrapalhar as investigações da Lava-Jato.
A partir dessa data, Cunha perdeu o chamado “cotão”, verba mensal de R$ 35,7 mil usada para reembolso de gastos com alimentação, passagens aéreas e aluguel de escritório, entre outros. Os R$ 125 mil englobam apenas o seu salário (R$ 33,7 mil) e a verba para manter seu gabinete parlamentar (R$ 92 mil). Ele manterá ainda alguns outros benefícios, como assinatura de jornais e revistas e o reembolso para despesas médicas.
O plenário da Câmara deve votar em agosto o processo de cassação de Cunha. Para que ele perca o mandato é preciso o voto de pelo menos 257 de seus 512 colegas.
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