Ex-presidente da holding diz que cálculo era feito junto com bônus dos executivos
O Globo - Cleide Carvalho, Dimitriu Dantas e Thiago Herdy
O ex-presidente da holding Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta quinta-feira que a propina era encarada dentro da empresa como "custo comercial" e era incluída no orçamento de cada uma das obras, como a remuneração variável dos executivos ou outros custos administrativos. Moro se surpreendeu e perguntou: "É tão natural assim?"
- O pessoal da construtora vê como um custo comercial qualquer. Vê como impacta o resultado e se impacta o bônus executivo - disse Azevedo, que fechou acordo de delação premiada na Lava-Jato e deu detalhes de como a construtora fechou acordo com o PT para destinar ao diretório nacional do partido 1% do valor de todas as obras comandadas por órgãos federais.
Azevedo explicou que a propina se transformava "numa tragédia", quando era pedida já com o trabalho em andamento, depois da formação de custo, já que teria de sair do custo da obra.
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