Carlos Brickmann
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, suspendeu a delação premiada de Leo Pinheiro, o presidente da empreiteira OAS. Motivo: o vazamento de parte da delação, divulgado na capa da última Veja.
Pergunta 1 - Que será feito com a delação de Marcelo Odebrecht, amplamente vazada, amplamente comentada, até nesta coluna?
Pergunta 2 - O vazamento é ilegal e anula a delação - a teoria do fruto da árvore contaminada, que deve ser descartado. A Operação Castelo de Areia, que atingia uma grande empreiteira, foi anulada assim. Quantos processos foram abertos contra responsáveis por vazamentos?
Pergunta 3 - O caso do apartamento do Guarujá e do sítio de Atibaia se baseiam largamente em delações da OAS. O caso se sustenta sem isso?
Pergunta 4 - Que acontecerá com uns 70 anexos da delação de Pinheiro?
A parte da delação de Leo Pinheiro que atinge o ministro Dias Toffoli é fragilíssima - aliás, não lhe imputa crime. Levantar suspeitas sobre o ministro, ou o STF, por eventuais pressões, é no mínimo prematuro; e é ofensivo ao procurador Rodrigo Janot considerá-lo vulnerável a pressões.
Por que, então, atirar nos advogados de Pinheiro a culpa do vazamento? Não tem lógica: por que vazariam a delação, correndo o risco de anulá-la e de trocar uma confortável prisão domiciliar por décadas de prisão comum?
Pergunta 1 - Que será feito com a delação de Marcelo Odebrecht, amplamente vazada, amplamente comentada, até nesta coluna?
Pergunta 2 - O vazamento é ilegal e anula a delação - a teoria do fruto da árvore contaminada, que deve ser descartado. A Operação Castelo de Areia, que atingia uma grande empreiteira, foi anulada assim. Quantos processos foram abertos contra responsáveis por vazamentos?
Pergunta 3 - O caso do apartamento do Guarujá e do sítio de Atibaia se baseiam largamente em delações da OAS. O caso se sustenta sem isso?
Pergunta 4 - Que acontecerá com uns 70 anexos da delação de Pinheiro?
A parte da delação de Leo Pinheiro que atinge o ministro Dias Toffoli é fragilíssima - aliás, não lhe imputa crime. Levantar suspeitas sobre o ministro, ou o STF, por eventuais pressões, é no mínimo prematuro; e é ofensivo ao procurador Rodrigo Janot considerá-lo vulnerável a pressões.
Por que, então, atirar nos advogados de Pinheiro a culpa do vazamento? Não tem lógica: por que vazariam a delação, correndo o risco de anulá-la e de trocar uma confortável prisão domiciliar por décadas de prisão comum?
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