O chanceler interino, José Serra, desdenhou da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do documento enviado pelo organismo pedindo explicações sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
A notificação da OEA foi feita na última quinta-feira 18 ao presidente interino, Michel Temer, depois que três deputados do PT – Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ) – entraram com um recurso junto à Comissão Interamericana de Direitos, ligada ao órgão, denunciando o golpe parlamentar no Brasil.
Serra, que já comprou brigas com a Venezuela e o Uruguai, e recentemente foi acusado pelo chanceler uruguaio, Rodolfo Novoa, de tentar comprar voto do país no Mercosul para que ficasse contra a Venezuela, agora decidiu atacar a OEA, com a qual o Brasil possui um acordo desde 1998.
"A OEA mandou um documento besta, mal feito e quem tem que responder pelo impeachment evidentemente é o Congresso. Impeachment não tem nada a ver com o Executivo, foi uma decisão do Congresso e quem tem que responder é o Congresso brasileiro. Portanto, a OEA deveria ter se dirigido a eles e nós encaminhamos para eles", disparou o tucano nesta segunda-feira 22.
Mais cedo, a Câmara enviou ao Itamaraty um documento assinado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com explicações sobre o processo de impeachment referente ao que foi definido na Casa. De acordo com Maia, a acusação de golpe é "descabida" e "improcedente"
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