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Delcídio reafirma a Moro: Duque arrecadava para o PT


O ex-senador Delcídio do Amaral reafirmou ao juiz Sergio Moro que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque atuava como o “grande arrecadador” do PT na Petrobras. Ao ser ouvido como testemunha de acusação contra Lula na tarde desta segunda-feira, Delcídio também reiterou que o empresário José Carlos Bumlai, amigo pessoal do ex-presidente, procurou o empreiteiro Marcelo Odebrecht para que ambos estruturassem o Instituto Lula.
— O Bumlai me disse assim: ‘estou cuidando da implementação do Instituto Lula’. E que ele procurou o Marcelo Odebrecht. O Bumlai era um conselheiro da família do Lula. Uma pessoa que estava lá a disposição para resolver os problemas do dia a dia de Lula — disse o ex-delator.
    Na ação, o MPF diz que Lula recebeu propina da Odebrecht na compra de um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula e também num apartamento vizinho à cobertura onde o ex-presidente mora em São Bernardo do Campo (SP). No processo, Lula é réu junto com o ex-ministro Antônio Palocci, Marcelo Odebrecht, e outras cinco pessoas. A defesa de Lula diz que o terreno jamais foi entregue ao instituto e alega ainda que o apartamento é alugado. Duque admitiu ter recebido propina em depoimento a Moro no dia 5. Ele está em tratativas com o Ministério Público Federal para fechar acordo de delação premiada.
    Delcídio também voltou a dizer que os contatos com Duque eram feitos pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. O ex-senador afirmou que Palocci atuava junto aos grandes empresários e tinha relação de proximidade com o empreiteiro Marcelo Odebrecht.
    — As discussões das doações com grandes empresários, grandes empresas e projetos eram feitas por Palocci. Os tesoureiros atuavam para arrecadar recursos para as campanhas — disse o delator.
    Conforme consta em sua colaboração premiada, Delcídio lembrou entre 2005 e 2006, quando presidiu a CPI dos Correios, que Marcos Valério, o então operador do mensalão, o procurou e pediu uma “indenização” para manter-se calado. Em sua delação, o ex-senador havia dito que a negociação envolveu entre R$ 110 milhões e R$ 220 milhões pagos pelas empreiteiras alvos da Lava-Jato.
    — Ele (Marcos Valério) disse que queria receber uma indenização para não se calar. Eu presidia a CPI dos correios. E mencionei a Lula que ouvi coisas de Minas Gerais que são complicadas. O Palocci então me ligou e disse que ia cuidar daquele assunto pessoalmente.
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