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Dia do Voluntariado é comemorado nesta sexta-feira

O centro Educativo Lucena já formou 60 eletricistas e instaladores prediais. Vinte já estão no mercado 

28/08/2015 08:22 - Maria Eduarda Barbosa, da Folha de Pernambuco 

                                                                                  Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

                      Lucena reserva cerca de 15% sua renda para o espaço 

Num tempo em que a oferta de empregos está cada vez mais difícil, os profissionais qualificados têm maior chance de serem aproveitados e, assim, consigam uma oportunidade mais rapidamente. É pensando nisso que os donos do Centro Educativo Lucena, Josemario Lucena e Arlindo Vicente de Freitas, procuram fazer com seus alunos, através de uma atividade voluntária: prepará-los para que eles sejam inseridos no mercado de trabalho.
Uma preocupação constante dos dois amigos, que fundaram seu próprio espaço de estudo, e que querem dar um destino favorável aos estudantes. Hoje, Dia Nacional do Voluntário, a Folha de Pernambuco parabeniza os profissionais que dedicam o seu tempo para ajudar pessoas a se­rem qualificadas e a conquis­tarem uma ocupação. “Nos­so objetivo é distribuir conhecimentos aos jovens de várias comunidades para que eles encontrem um trabalho necessário e se mantenham financeiramente”, disse Lucena.
Há seis anos promovendo o curso de eletricista e instalador predial, os idealizadores do projeto disponibilizam aulas a alunos de diversos locais, como Paulista, Casa Amarela e Jordão, onde está localizado o espaço de estudo. No entanto, eles pretendem ampliar o centro a fim de atender mais estudantes por turma. “Os custos são bancados por nós mesmos. Atualmente, pagamos a luz, água e despesas com reformas do espaço e reposição de equipamentos, materiais e ferramentas novas”, explicou Lucena, acrescentando que por mês o custo para manter o local é em média R$ 1,5 mil.
Com um investimento de R$ 6 mil na construção do espaço e mais R$ 3 mil na mobília, os donos também recebem ajuda de doações. De acordo com Lucena, que é servidor público, cerca de 10% a 15% de sua renda é destinada para o centro. Já Freitas, que recebe a aposentadoria e realiza trabalhos autônomos, investe sempre que precisa. “Eu nunca parei pra calcular quanto ajudo no centro, às vezes é até acima da média, mas sei que é por uma boa causa”, ressaltou Freitas.
Com aulas teóricas e práticas que duram seis meses, o curso já formou 60 alunos, e desses, pelos menos 20 já estão no mercado de trabalho. “Pessoas já formadas trabalham no Complexo de Suape, no RioMar, na Ferreira Costa, na TAM e no Aeroporto do Recife. Isso é muito valoroso pra gente”, destacou Lucena. Atualmente, um estudante está trabalhando em uma grande multinacional, e procurado pela Folha, não pôde participar da matéria, pois estava em Belém do Pará a trabalho.
                                                                                                        Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco
Idealizadores do projeto disponibilizam aulas a alunos de diversos locais, onde se localiza o espaço de estudo 

Outra grande experiência foi a de Cleiton Leite. Após se formar no centro em 2010, ele conquistou uma vaga de eletricista, durante a construção do Rio Mar Shopping. “Eu tinha 22 anos na época e me interessava pela área de elétrica, além de saber a importância de uma qualificação profissional”, contou Leite, que hoje atua como eletricista autônomo. Assim como Leite, Alexandre de Lima conseguiu uma vaga no curso do espaço educativo. Desde abril estudando, Lima tem previsão de concluir em outubro. “A capacitação realmente proporciona a entrada dos alunos no mercado de trabalho, pois a parte prática é muito boa. Então, através do curso eu estou aprendendo a fazer mudanças na área elétrica e hoje comecei a reestruturar minha própria casa”, disse Lima. 



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